Há uma tese muito difundida, e aceita geralmente
sem crítica, de que o problema do ser humano é que a sua
inteligência é desenvolvida, mas a bondade não. Ou seja, o homem é
fundamentalmente inteligente e mau. O filósofo Karl Popper me
convenceu da tese contrária: o homem é fundamentalmente bom, mas
burro. O problema é que a confiança na capacidade intelectual faz o
homem se agarrar à primeira teoria que lhe parece razoável, algo
semelhante ao imprinting animal. Por isso, Karl Popper achava
que uma das principais funções do filósofo era criticar teses
aceitas acriticamente pelas pessoas.
Uma tese muito difundida nessas Eleições afirma que a derrota de Aécio em Minas Gerais significa desaprovação ao
período em que foi governador: “Quem conhece, não vota em Aécio”.
É muito difícil explicar as preferências eleitorais de cada
Estado, mas um olhar cuidadoso no quadro abaixo é suficiente para
criticar a supersimplificação da tese da rejeição de Minas Gerais
a Aécio, aceita quase universalmente.
Eleições Presidenciais (2º turno)
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2002
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2006
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2010
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2014
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PT
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66,45%
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65,19%
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58,45%
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52,41%
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PSDB
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33,55%
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34,80%
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41,55%
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47,59%
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Fonte dos dados:
uol.com.br