AVALIE, COMENTE, CRITIQUE; QUERO SABER SUA OPINIÃO

HOMO CARNALIS + HOMO ESPIRITUALIS


Os corpos se entendem mas as almas não.
(Manuel Bandeira)

Nunca vi ninguém que amasse a virtude tanto quanto o sexo.
(Confúcio)

No mais alto trono do mundo, estamos sentados, imóveis, sobre os nossos traseiros.
(Montaigne)

Pai, afasta de mim este cálice.
(Jesus Cristo)

O que me mantém vivo é o risco iminente da paixão e seus coadjuvantes, amor, ódio, gozo, misericórdia.
(Narrador do conto Pierrô da Caverna, de Rubem Fonseca)

Eu nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
(José Régio)

Tenho uma palavra para dizer àqueles que desprezam o corpo. Não lhes peço que mudem de opinião nem de doutrina, mas que se desfaçam do seu próprio corpo — o que os tornará mudos.
(Nietzsche)

A razão, sozinha, não pode nunca ser motivo para uma ação da vontade; e não pode se opor à paixão na direção da vontade.
(David Hume)

Sem tesão não há solução.
(Roberto Freire)

Senhor gerente, a história do mundo mostrar que os chatos ser bichos muito lógicos e ter sempre razon. Mas a problema fundamental do vida non ser ter razon, a problema fundamental do vida ser non ser chata.
(Mister John Smith Peter Tony, o detetive escocês de O gênio do crime, de João Carlos Marinho)

Quem canta seus males; espanta.
(Barão de Itararé)

Destruir as paixões e os desejos apenas para evitar-lhes a estupidez e as consequências desagradáveis desta estupidez nos parece ser, em si mesmo, simplesmente uma forma aguda de estupidez. Foi-se o tempo em que costumávamos ficar maravilhados quando um dentista arrancava um dente para fazer cessar a dor.
(Nietzsche)

Somos uma estrutura social de muitas almas.
(Nietzsche)

O que me digo, quem diz? A quem diz?
(Antonio Porchia)

- Apesar de tudo, Hilda, o amor é uma coisa maravilhosa...quando se sente a vida, quando nos transportamos ao centro da criação - disse ela em tom de vanglória.
- Não há mosquito que não sinta o mesmo - respondeu Hilda.
- Acha? Oh! Que bom para eles!
(Diálogo entre Constance e Hilda em O amante de Lady Chatterley)

Com todo valor que possa merecer o que é verdadeiro, veraz, desinteressado; é possível que se deva atribuir à aparência, à vontade de engano, ao egoísmo e à cobiça um valor mais alto e fundamental para a vida. É até mesmo possível que aquilo que constitui o valor dessas coisas boas e honradas consista exatamente no fato de serem insidiosamente aparentadas, atadas, unidas, e talvez até mesmo essencialmente iguais a essas coisas ruins e aparentemente opostas.
(Nietzsche)

Um dia, o Rei Pasenadi de Kosala comentou com Buda que, numa conversa com sua esposa, ambos admitiram que nada lhes importava mais que seu próprio eu. Buda então lhe disse que, se não havia nada que amasse mais que o próprio eu, o rei devia pensar que com os outros provavelmente também era assim. Portanto, concluiu Buda, “quem ama o eu não deve ferir o eu dos outros”.
(História retirada de 12 passos para a compaixão, de Karen Armstrong)

Preces não aram, louvores não colhem.
Quem grato recebe, abundante colheita obtém.
Quem não irradia luz jamais será uma estrela.
Espere veneno da água estagnada.
Jamais saberás o que é suficiente, se não souberes o que é mais que suficiente.
O caminho do excesso leva ao palácio da sabedoria.
O que hoje é evidência outrora foi imaginação.
Esteja sempre pronto a dar sua opinião, e os vis te evitarão.
(William Blake)

Confie em Deus, mas amarre o seu camelo.
(Maomé)

A vida só é possível na superfície.
(Laura, narradora de Uma Duas, de Eliane Brum)

Quando o superficial me cansa, me cansa tanto, que para descansar necessito de um abismo.
(Antonio Porchia)

Creio que são os males da alma, a alma. Porque a alma que se cura de seus males, morre.
(Antônio Porchia)

Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão só Deus!
(Jesus Cristo)

Às vezes creio que o mal é tudo e que o bem é só um belo desejo do mal.
(Antonio Porchia)

Nada é só bom.
(Arnaldo Jabour)

A nossa opção é entre a angústia e a gangrena, ou o sujeito se angustia ou apodrece.
(Nelson Rodrigues)

Amadurecer é descobrir que o baralho nunca está completo, que nem mesmo existe um baralho completo. Temos que jogar com as cartas que temos.
(Eliane Brum)

Não incluiria a busca pela felicidade sua própria ruína? O mandamento moderno de ser feliz não produz ele mesmo formas de descontentamento?
(Darrin M. McMahon)

Felicidade cada vez mais é entendida como o consumo de pequenas infusões de prazer, como sentir-se bem em vez de ser bom, como curtir o bom momento em vez de viver uma boa vida.
Não me entenda mal, não há nada de errado em se sentir bem. Mas talvez algo de valor tenha sido perdido ou esquecido na transição para as ideias modernas sobre felicidade. Não podemos nos sentir bem todo o tempo; nem, penso, deveríamos querer isso. Nem deveríamos acreditar que podemos ter (talvez uma palavra melhor?) felicidade sem um certo grau de esforço, e possivelmente até sacrifício e dor. Tradições mais antigas - tanto no ocidente quanto no oriente - sabiam disso, mas nós nos esquecemos
(Darrin M. McMahon)

A felicidade acontece, não se pode tentar obtê-la. A felicidade deve acontecer, e nós devemos deixar que aconteça. Reciprocamente, quanto mais a buscarmos, tanto mais falhará a nossa busca.
Há certas atividades que não podem ser pedidas, ordenadas ou comandadas. A razão está no fato que elas não podem ser criadas pela vontade: acreditar não depende do querer; esperar não depende do querer; amar não depende do querer; e, acima de tudo, querer não depende do querer. Tentativas de fazer isso refletem uma impostação inteiramente manipulativa de sentimentos humanos como a fé, a esperança, o amor e a vontade. Esta postura manipuladora, por sua vez, se deve a uma inadequada objetificação dos sentimentos em questão.
(Viktor Emil Frankl)

Supõe-se que todas as pessoas têm igual desejo de alcançar a felicidade, mas poucas têm sucesso nessa busca. Uma causa significativa é a falta de força de vontade que poderia capacitá-las a resistir à tentação do conforto e prazer imediatos e fazê-las avançar na busca de um benefício e satisfação mais distantes. Nossas afeições, perante uma visão geral de seus objetos, formam certas regras de conduta e certas medidas de preferência de uns em relação aos outros: e essas decisões, embora sejam realmente o resultado de nossas calmas paixões e disposições (pois que outra coisa poderia decidir se algum objeto é ou não preferível a outro), são tomadas, por um abuso natural da linguagem, como decisões da pura razão e reflexão. Mas, quando um desses objetos se aproxima de nós ou adquire as vantagens de uma perspectiva ou situação favoráveis capazes de capturar o coração ou a imaginação, nossas soluções gerais frequentemente se abalam, um curto prazer recebe a preferência e uma duradoura mágoa e ignomínia se abatem, em consequência, sobre nós. E por mais que os poetas empreguem seu talento e eloquência para celebrar o prazer presente e rejeitar todas as distantes noções de fama, saúde ou fortuna, é óbvio que essa prática é fonte de toda dissolução e desordem, arrependimento e miséria. Um homem de temperamento forte e determinado adere firmemente a suas resoluções gerais, e não é nem seduzido pelos atrativos do prazer nem atemorizado pelas ameaças do sofrimento, mas mantém calmamente em vista os distantes objetivos pelos quais assegura sua felicidade e, ao mesmo tempo, sua honra.
(David Hume)
O que se chama temperamento forte (strength of mind) implica o predomínio das paixões calmas sobre as violentas; mas é fácil observar que não há ninguém que possua essa virtude de forma tão constante que nunca, em nenhuma ocasião, ceda às solicitações da paixão e do desejo. A essas variações de temperamento se deve a grande dificuldade em se decidir acerca das ações e resoluções humanas, quando existe qualquer contrariedade de motivos e paixões.
 (David Hume)

Embora o prazer seja nosso bem primeiro e inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer: há ocasiões em que evitamos muitos prazeres, quando deles nos advém efeitos o mais das vezes desagradáveis; ao passo que consideramos muitos sofrimentos preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier depois de suportarmos essas dores por muito tempo. Portanto, todo prazer constitui um bem por sua própria natureza; não obstante isso, nem todos são escolhidos; do mesmo modo, toda dor é um mal, mas nem todas devem ser evitadas. Convém, portanto, avaliar todos os prazeres e sofrimentos de acordo com o critério dos benefícios e dos danos. Há ocasiões em que utilizamos um bem como se fosse um mal e, ao contrário, um mal como se fosse um bem.
(Epicuro)

Pergunte a si mesmo se você é feliz, e deixará de sê-lo.
(John Stuart Mill)

Não há nada fora do homem que, ao entrar nele, possa contaminá-lo. O que sai do homem é que contamina o homem. De dentro, do coração do homem, saem os maus pensamentos, fornicação, roubos, assassinatos, adultérios, cobiça, malícia, fraude, devassidão, inveja, calúnia, arrogância, desatino.
(Jesus Cristo)

No meio da treva estás:
a luz tu não vais procurar?
(Darmapada)

Apontando os erros dos outros,
irritando-se todo o tempo,
suas nódoas só crescerão.
(Darmapada)

Fácil é ver erros nos outros,
mas difícil, os nossos próprios.
(Darmapada)

Não julgueis para não serdes julgados. Pois com o julgamento que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos. Por que reparas no cisco que está no olho do teu irmão, quando não percebes a trave que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.
(Jesus Cristo)

Eu não vim chamar justos, mas pecadores.
(Jesus Cristo)

Quem nunca pecou, que atire a primeira pedra.
(Jesus Cristo)

Perdoa-lhes: não sabem o que fazem.
(Jesus Cristo)

Quem ousará prever o comportamento de uma pessoa?
(Viktor Emil Frankl)

A vida tem um sentido potencial sob quaisquer circunstâncias, mesmo as mais miseráveis.
(Viktor Emil Frankl)

Nenhum de nós, candeias, cães ou humano, sabe, ao princípio, tudo para que tinha vindo ao mundo.
(Narrador de Ensaio sobre Cegueira, de José Saramago)

Quando o mal cresce, o pequeno bem se engrandece.
(Antonio Porchia)

Uma alma santa não nasce de um paraíso, nasce de um inferno.
(Antonio Porchia)

É preciso ter o caos dentro de si, para dar à luz uma estrela bailarina.
(Nietzsche)

O que é tolerância? Tolerância é a salvação da humanidade. Errar é humano, e estamos o tempo todo cometendo erros. Perdoemos reciprocamente as nossas tolices.
(Voltaire)

Sim, isto é o bem: perdoar o mal. Não há outro bem.
(Antonio Porchia)

Eu não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais.
(Jesus Cristo)

Quando faltamos a nós mesmos, tudo nos falta.
(Goethe)

Não achei como quem ser, em ninguém. E fiquei, assim: como ninguém.
(Antonio Porchia)

A unanimidade é burrice.
(Nelson Rodrigues)

Insista em si mesmo.
(Emerson)

Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
...Sei que não vou por aí!
(José Régio)

Dirão que andas por um caminho equivocado, se andas pelo teu caminho.
(Antonio Porchia)

Apodera-te novamente de si mesmo
(Sêneca)

Perguntas-me qual foi o meu maior progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo.
(Sêneca)

Acreditar que cada momento traz em si tudo o que ele mesmo possa vir a exigir de nós é a maior de todas as esperanças. Esta esperança traduz a confiança que temos em D’us, no Universo ou na Natureza de não violentar nosso intelecto. Sabemos que não podemos esperar nem cobrar que este mundo não nos faça conhecer nenhuma perda, ou até mesmo a perda de nossa própria vida. No entanto, é um ato de fé que não fere nossa experiência da realidade esperar que cada situação traga como parte de sua realidade os meios pelos quais podemos suportá-la e lidar com ela.
(Nilton Bonder)

Não leveis nada para o caminho: nem bastão, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas.
(Jesus Cristo)

Tornai-vos passantes.
(Jesus Cristo)

O vazio fala da impermanência de tudo e não exclui disso a própria morte. Tudo neste universo é fluxo e “empalhar” a morte como permanente é estender a arrogante expectativa do conhecimento sobre o que foge ao conhecimento.
(Nilton Bonder)

A viagem de mil léguas começou com o que estava sob os pés.
(Lao tse)

O melhor entalhador faz o menor corte.
(Lao tse)

Governar um reino grande é como cozinhar um peixe pequeno; quanto menos mexer, melhor.
(Lao tse)

Não é possível marcar um ponto no oceano riscando um X sobre um barco.
(Autor desconhecido)

Parece ser verdade que entre os homens é mais sábio aquele que reconhece que, na realidade, não possui nenhuma sabedoria.
(Sócrates)

O homem fala de tudo, e fala de tudo como se o conhecimento de tudo estivesse todo nele.
(Antonio Porchia)

Só tolos e charlatães pensam que sabem e compreendem tudo. Quanto mais estúpidos são, mais amplos supõem ser seus horizontes.
(Tchekhov)

A vida sem exame crítico não é digna de ser vivida.
(Sócrates)

O maior inimigo da verdade não é a mentira, mas a convicção.
(Nietzsche)

Se você não tem dúvidas, é porque está mal informado.
(Millôr Fernandes)

O homem julga tudo desde o minuto presente, sem compreender que só julga um minuto: o minuto presente.
(Antonio Porchia)

Chamar nossa espécie de “homo sapiens”, aquele que sabe, é inadequado. Nós sabemos muito pouco. O mais correto, talvez, fosse chamar nossa espécie de “homo espiritualis”.
(Autor desconhecido)

Um dos mais freqüentes erros de raciocínio é este: se alguém é verdadeiro e sincero conosco, então ele diz a verdade. Assim a criança acredita nos julgamentos de seus pais, o cristão nas afirmações dos fundadores da Igreja. De igual maneira, não se quer admitir que tudo o que os homens defenderam com o sacrifício da felicidade e da vida, em séculos passados, eram apenas erros: talvez se diga que eram estágios da verdade. Mas no fundo as pessoas acham que, se alguém acreditou honestamente em algo e lutou e morreu por sua crença, seria bastante injusto se apenas um erro o tivesse animado. Tal acontecimento parece contradizer a justiça eterna: eis por que o coração dos homens sensíveis sempre decreta, em oposição a sua cabeça, que entre as ações morais e as percepções intelectuais deve necessariamente existir uma ligação. Infelizmente não é assim; pois não há justiça eterna.
(Nietzsche)

O mundo é uma nave espiritual
E não pode ser controlado.
(Lao Tse)

Quem controla fracassa.
Quem se apega perde.
(Lao Tse)

A maneira pela qual recebemos algo do universo é fundamental, pois favorece ou não a capacidade de perder para o universo. Assim sendo, não deveríamos nunca deixar de reconhecer no conceito teórico de “D’us dá e D’us tira” a dimensão violenta que existe também em se experimentar o “receber” (no mínimo tão violenta quanto a percepção que temos daquilo que nos é tirado).
(Nilton Bonder)

Certa vez ouvi o comentário de um rabino que dizia nunca ter sido procurado por uma família a quem algo de bom tivesse ocorrido, com uma questão teológica do tipo: “Rabino, por que D’us fez isto de bom comigo? Por que logo comigo?”. As pessoas só ficam teologicamente intrigadas quando coisas ruins lhes acontecem. Na verdade, quantas vezes as pessoas acorrem a sacerdotes para “consolar-se” de coisas boas que lhes tenham acontecido e para as quais não têm respostas? Pois é exatamente por nos permitirmos ficar perplexos com algo de bom que nos acontece, sem tomarmos a ordem por algo dado, como processo óbvio e obrigatório por parte do universo, que podemos integrar a gratidão no espaço normalmente alocado apenas ao pavor.
(Nilton Bonder)

Muito se teria a ganhar se a juventude fosse instruída e aconselhada a tempo, e conseguisse eliminar de sua mente o conceito errôneo de que o mundo tem muito a lhe oferecer.
(Schopenhauer)

Precisamos aprender e também ensinar às pessoas em desespero que a rigor nunca e jamais importa o que nós ainda temos a esperar da vida, mas sim exclusivamente o que a vida espera de nós.
(Viktor Emil Frankl)

Uso todos os meus cacos para fazer um vitral.
(Adélia Prado)

Quem tem por que viver, suporta quase qualquer como.
(Nietszche)

O direito que é devido
é o de cumprir a missão
e não o de reclamar
o resultado da ação.

Não considere a si mesmo
o objetivo de seus atos
nem se prenda à inação.
(Bhagavad Gita)

Se meus filhos se importarem mais com o dinheiro do que a virtude, e pensarem que são pessoas de importância, censurai-os.
(Sócrates)

Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servidor de todos.
(Jesus Cristo)

Ainda não és capaz de servir aos homens, como podes servir a Deus? Ainda não conheces a vida, como podes conhecer a morte?
(Confúcio)

Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas.
(Jesus Cristo)

Deve-se procurar o que não se muda de um dia para outro naquilo em que não se pode impedir. O que é isso afinal? É a alma, mas quando é reta, boa, nobre.
(Sêneca)

Deus, concedei-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar,
coragem para mudar as coisas que posso mudar,
e sabedoria para reconhecer a diferença.
(Prece da Serenidade)

Faz por vontade própria o que não podes alterar.
(Sêneca)

Como tão grande parte do que lhe acontece está fora do seu controle, mude o foco para a única coisa que está ao seu alcance – a sua atitude.
(Zenão)

Um cavalheiro exige de si mesmo; um homem vulgar exige dos outros.
(Confúcio)

Simplesmente aperfeiçoe a si mesmo; é a única coisa que você pode fazer para melhorar o mundo.
(Wittgenstein)

Nós próprios devemos fazer
o que aos outros aconselhamos.
(Darmapada)

Você deve ser a mudança que quer para o mundo.
(Gandhi)

Ouviste o que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau; antes, àquele que te fere na face direita, oferece-lhe também a esquerda.
(Jesus Cristo)

Olho por olho vai deixar todo mundo cego.
(Gandhi)

Não devemos ser injustos com quem foi injusto conosco, nem revidar o mal com o mal, mas poucos acreditam ou acreditarão nisso. (Sócrates)

Se puder escolher, prefiro não cometer nem sofrer injustiça. Mas é melhor sofrer uma injustiça do que cometer uma injustiça. (Sócrates)

Jamais o ódio com o ódio
em tempo algum aqui cessou.
(Darmapada)

Sem ira, os irados vencemos,
com o bem, vencemos os maus,
vencemos os avaros dando,
e com a verdade, os mentirosos.
(Darmapada)

Servos do Clemente são aqueles que caminham mansamente pela terra, e quando os ignorantes se dirigem a eles, respondem: “Paz”.
(Maomé)

Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Pois eu vos digo: Amai vossos inimigos, rezai pelos que vos perseguem. Se amais somente os que vos amam, que prêmio mereceis? Se amais somente vossos irmãos, que fazeis de extraordinário?
(Jesus Cristo)

Se fazeis o bem aos que vos fazem o bem, que mérito tendes? Também os pecadores fazem isso. Se emprestais quando esperais cobrar, que méritos tendes? Também os pecadores emprestam para recuperar outro tanto. Antes, amai os vossos inimigos, fazei o bem sem esperar nada em troca. Assim vossa recompensa será grande e sereis filhos do Altíssimo, que é generoso com ingratos e maus. Sede compassivos, como vosso Pai é compassivo. Não julgueis e não sereis julgado; não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e vos perdoarão.
(Jesus Cristo)

Gentileza gera gentileza.
(José Agradecido)

Deus meu, quase nunca acreditei em ti, mas sempre te amei.
(Antonio Porchia)

Ama a Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento, a ama o teu próximo como a ti mesmo. Esse mandamento vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios.
(Jesus Cristo)

Porque é amor o que eu quero e não sacrifícios,
conhecimento de Deus mais do que holocaustos.
(Oseias)

Queres oferecer um sacrifício propiciatório aos deuses? Sê bom. Suficiente culto lhes presta quem os imita.
(Sêneca)

Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
(Levítico)

Talvez exista uma única palavra que possa guiar toda a nossa vida: reciprocidade. O que não desejas para ti, não faça aos outros.
(Confúcio)

Aprendamos o que é o bem e o que é o mal e saibamos que fora da virtude qualquer coisa muda de espécie, sendo ora boa, ora má.
(Sêneca)

O que é odioso para ti, não faças a teu semelhante. Essa é a Torá inteira, e o resto não passa de comentário.
(Hillel)

Um homem correto, um homem ligado à humanidade, não procura a vida às expensas de sua humanidade; existem situações em que ele dará a vida para realizar sua humanidade.
(Confúcio)

Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro às custas de sua alma?
(Jesus Cristo)

Quanto tempo serei, não me pertence. Pertence-me o que serei, enquanto for. Isto se exige de mim: não percorrer ignobilmente as fases da vida; governá-la, e não ser levado por ela.
(Sêneca)

Todas as coisas nos são alheias, somente o tempo é nosso.
(Sêneca)

O náufrago não se salva se não se livra de sua bagagem.
(Sêneca)

Uma pessoa pode desprezar todas as coisas, mas não há quem possa ter todas as coisas. Para ser rico, a via mais curta é o desprezo das riquezas.
(Sêneca)

A temperança governa os prazeres; odeia e afasta uns, admite e reduz a justa medida outros, e nunca vai a eles por eles mesmos. Sabe que a melhor regra para o desejo é tomar não o que se queira, mas o que se deva.
(Sêneca)

Um homem é rico em proporção às coisas que pode dispensar.
(Epicuro)

Não considere valioso algo que possa ser subtraído.
(Sêneca)

Sou um homem; nada humano me é alheio.
(Terêncio)

Os velhos gostam de dar bons conselhos; isso consola-os de não serem capazes de dar um mau exemplo.
(La Rochefoucault)

A necessidade livra-nos da dificuldade de escolher.
(Vauvenargues)

Muito conhecimento cabe em uma cabeça oca.
(Kraus)

Ninguém tem o direito de praticar injustiça, nem mesmo aquele que sofreu injustiça.
(Víktor Emil Frankl)

Viva como se já estivesse vivendo pela segunda vez, e como se na primeira vez você tivesse agido tão errado como está prestes a agir agora.
(Viktor Emil Frankl)

Nossa atual filosofia de higiene mental acentua a ideia de que as pessoas deveriam ser felizes, que infelicidade é sintoma de desajuste. Esse sistema de valores pode ser responsável pela circunstância de ao fardo da infelicidade inevitável ser acrescido o fardo da infelicidade pelo fato de a pessoa ser infeliz.
(Edith Weisskorpf-Joelson)

A teoria de que a procriação é o único sentido para a vida contradiz e derrota a si própria; se a vida for em si sem sentido, não poderá fazer-se significativa apenas por sua perpetuação.
(Viktor Emil Frankl)

Diante do fato de que é igualmente concebível que tudo tenha um sentido, e que tudo seja desprovido de sentido, ou seja, que os argumentos pró ou contra um último sentido se mantenham equilibrados nos pratos da balança, podemos jogar o peso de nosso próprio ser no prato a favor do sentido, decidindo-nos por uma das duas possibilidades de pensamento. Confrontado com essas duas possibilidades de pensamento, a pessoa que crê num sentido diz o seu fiat ou "amém". "Assim seja, faço a opção por agir 'como se' a vida tivesse um 'supra-sentido'." E com isso acaba se cristalizando uma verdadeira definição: "A fé não é uma maneira de pensar da qual se subtraiu a realidade, mas uma maneira de pensar à qual se acrescentou a existencialidade do pensador.
(Viktor Emil Frankl)

Nosso intelecto não recebe suas leis da natureza, mas impõe suas leis à natureza.
(Kant)

Pode-se ver assim, que a saúde mental está baseada em certo grau de tensão (stress); tensão entre aquilo que já se alcançou e aquilo que ainda se deveria alcançar, ou o hiato entre o que se é e o que se deveria vir a ser. Essa tensão é inerente ao ser humano e por isso indispensável ao bem estar mental.
(Viktor Emil Frankl)

Saber perder (e saber ganhar) é um comportamento “contraditório”, onde esforço e expectativas não compartilham de uma mesma realidade. A conexão entre uma busca com fé e a aceitação de um resultado negativo (ou a gratidão por um resultado positivo) é obtida por uma atitude de vida muito especial.
(Nilton Bonder)

Pobre daquele que não pode se dar a um prazer sem pedir antes a permissão dos outros.
(Hermínia, personagem de O lobo da estepe, de Hermann Hesse)

D’us não se encontra na prova vencida, na cura ou no sucesso alcançado, procure-O/A desde o lugar onde você está.
(...)
Assim sendo, a estética de “um lugar certo” não é a experiência de quando tudo vai bem ou sob controle, mas a possibilidade de vivermos integralmente o que se nos apresenta num dado instante.
(Nilton Bonder)

Por desespero não devemos conceber necessariamente o estereótipo de alguém em pânico, mas a situação em que um indivíduo é tomado por um cinismo rascante, pouco se importando se com sua perda arrasta consigo outras perdas. Tampouco devemos tomar como exemplo de fé a imagem do mestre espiritualizado, ou a imagem da carola entorpecida, mas uma atitude de considerável serenidade diante do envelhecimento, das perdas e da valência de outras visões de mundo que não a nossa.
(Nilton Bonder)

A fé, portanto, não é a capacidade de esperar por aquilo que gostaríamos que acontecesse, mas acima de tudo é a capacidade de integração daquilo que está além de nosso querer. É a quase impossível tarefa de encontrar alegria na concretização daquilo que deve ser. É um nível de entrega que não se alcança através da reflexão, mas através da constante arte de saber honrar e celebrar as perdas e os ganhos da vida.
(Nilton Bonder)

Minha convicção pessoal é de que a fé em Deus ou é incondicional ou não se trata realmente de fé em Deus. Sendo incondicional, a fé continuará viva mesmo diante do fato de seis milhões de pessoas terem sido vítimas do holocausto, mas se não for incondicional, ela sucumbirá (usando a argumentação de Dostoievski) diante de uma única criança inocente no leito de morte.
(Viktor Emil Frankl)

O amor é paciente,
o amor é prestativo,
não é invejoso, não se ostenta,
não se incha de orgulho.

O amor nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita, não guarda rancor.

O amor tudo desculpa, tudo crê
tudo espera, tudo suporta.
(Paulo de Tarso)

Quanto ao que comumente se entende como discussão destemperada - invectivas, sarcasmo, comentários injuriosos e outras coisas do gênero - a denúncia de tais armas mereceria mais simpatia, se proposta para proibir os dois lados de as usarem. Mas essa proibição somente é exigida para refrear o emprego dessas armas contra a opinião dominante; contra a opinião oposta não apenas podem ser empregadas sem desaprovação geral, como ainda provavelmente renderão a quem as usa o elogio de honesto desvelo e justa indignação. Contudo, o dano resultante desse uso é maior quando as empregam contra os que, em comparação, são indefesos, e a vantagem injusta que qualquer opinião possa derivar desse modo de se expressar favorece, quase exclusivamente, as opiniões dominantes. A pior ofensa dessa espécie que se pode cometer numa polêmica consiste em estigmatizar, como homens maus e imorais, os que sustentam a opinião contrária. Os que sustentam qualquer opinião impopular estão particularmente expostos a esse tipo de calúnia, pois em geral são poucos numerosos e pouco influentes, e ninguém mais, além deles mesmos, tem muito interesse em ver fazer-lhes justiça. Mas essa arma é, dada a natureza do caso, negada aos que atacam uma opinião dominante: nem a podem usar com segurança para sua própria defesa, nem, se pudessem, fariam outra coisa senão disparar sobre sua própria causa. Em geral, as opiniões contrárias às comumente aceitas apenas conseguem se fazer ouvir quando empregam uma estudada moderação da linguagem, da qual é quase impossível se desviarem, por pouco que seja, sem perderem terreno, e evitam, com extrema cautela, a ofensa desnecessária. Por sua vez, o desmedido vitupério empregado por parte da opinião dominante dissuade o povo de professar as opiniões contrárias, e de dar ouvidos aos que as professam. Portanto, para o interesse da verdade e da justiça, é muito mais importante refrear esse uso da linguagem vituperiosa do que o outro; e, por exemplo, se fosse necessário escolher, haveria muito mais necessidade de reprovar ataques ofensivos à infidelidade religiosa do que à própria religião. É óbvio, porém, que lei e autoridade nada têm a ver com a restrição a ambas.
(John Stuart Mill)

Medite profundamente
sobre tudo o que Eu lhe disse
e então faça o que quiser.
(Bhagavad Gita)

Nenhum comentário:

Postar um comentário